Uma reflexão sobre os 10 anos de caminhada da Movioca.
O ano era 2010, final do processo do Anima TV.
Um dos projetos selecionados foi a animação “Miúda e o Guarda-Chuva” dos autores baianos Paula Lice e Victor Cayres (roteiro) e Igor Souza (ilustração e direção de arte), dirigido por Amadeu Alban e Jorge Alencar. Esse curta foi posteriormente selecionado para a mostra competitiva do Festival de Annecy, o mais importante festival de animação do mundo.
MIÚDA E O GUARDA-CHUVA (LONGA, 2019)
Com isso, Amadeu Alban pôde então participar de seu primeiro mercado internacional, o MIFA. Foram inúmeras reuniões com players internacionais. Toda aquela efervescência, mais do que ajudar a evoluir o projeto de “Miúda e o Guarda-Chuva”, fez com que algo mudasse dentro de Amadeu.
Ali aconteceu um despertar, um sonho. Era isso que ele queria fazer. Criar conteúdos de impacto, que viajassem o mundo. Filmes e séries.
Voltando ao Brasil, algum tempo depois isso se transformou em deixar a sociedade da antiga produtora e fundar o lugar que mais fazia sentido naquele momento.
Assim nasceu a Movioca.
“Movi”, de movimento. “Oca”, de casa.
Uma casa para colocar ideias em movimento.
Nessa época, Marcio Yatsuda conhece Amadeu e a Movioca. Graduado em Matemática Aplicada, ele nunca tinha sonhado em fazer um filme, e estava numa transição, após uma carreira de 22 anos trabalhando com TI.
O possível modelo de negócios que o audiovisual proporcionava foi irresistível: parecia interessante o suficiente para que ele dedicasse muita leitura e muitos cursos. Meses depois, Márcio se juntava a Movioca como sócio.
Motivos diferentes, mas um sonho em comum:
Criar uma empresa que promovesse o surgimento de novas ideias, um lugar onde essas ideias pudessem ser nutridas e desenvolvidas, transformando-as então em produtos audiovisuais.
MARCIO YATSUDA E AMADEU ALBAN
Bastou piscar e cá estamos, 10 anos depois.
Foram muitos os desafios, especialmente nos últimos 3 anos e meio, período em que os sonhos foram colocados à prova. Parece que esse período serviu para isso mesmo, para nos certificarmos que nosso sonho é verdadeiramente sério e que estamos, mais do que nunca, comprometidos com ele.
Foram muitas as realizações também. De um curta produzido há mais de uma década, produzimos o longa-metragem de “Miúda e o Guarda-Chuva” e em breve teremos uma série. Fizemos documentários, animações, ficção e realities. Muitas dessas produções foram premiadas, e foram vistas em muitos países pelo mundo.
Temos muito orgulho de termos, ao que nos conta, o primeiro formato de reality show brasileiro exportado – versões de “Drag Me as a Queen” foram produzidas na Holanda e na Alemanha, sob o nome “The Diva in Me”.
Estes 10 anos foram construídos por muitas mãos, muitos corações e muita dedicação. Pessoas que trabalharam em projetos conosco, que integraram nossas equipes. Pessoas com quem pudemos aprender muito, e espero que possam ter aprendido algo conosco também. Muitas dessas pessoas seguiram seus caminhos, e muitas seguem em nossa casa. Muitos autores e talentos técnicos e artísticos deram alma e corpo aos projetos. Muitos players e parceiros que viabilizaram a concretização dessas obras. Nossa eterna gratidão a todas e a cada uma delas.
Renovados, comprometidos e apaixonados por transformar sonhos em audiovisual, acreditamos que o audiovisual transforma vidas. Que a nossa casa esteja em movimento e de portas abertas para quem quiser sonhar junto e transformar junto!
Ansiamos pelos próximos 10 anos. Com todos seus desafios, realizações e pessoas. Que possamos fazer muitas oportunidades encontrarem sonhos. Ou vice-versa.